Jovem promessa alagoana luta por algo mais do que medalhas
- noticiasmare
- 15 de mai.
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Atualizado: 28 de mai.
Com apenas 19 anos, Anavivian Santos tem ganhado destaque nos tatames do nordeste.
Thaís Dias
Por trás do sorriso tranquilo e do kimono ajustado com firmeza, existe uma lutadora determinada a conquistar o mundo do jiu-jitsu. Com apenas três anos de prática, Anavivian Santos, 19 anos, já coleciona títulos importantes e sonha ainda mais alto na carreira.

Sua trajetória no jiu-jitsu é marcada por conquistas que muitos atletas levam anos para alcançar. Ao fim da temporada 2024, Anavivian Santos somou 12 medalhas de ouro e 2 de prata em campeonatos, reforçando seu destaque no cenário nacional da modalidade.
Entre os principais títulos, ela é campeã dos circuitos da Liga Alagoana de Jiu-Jitsu, tricampeã do Campeonato Alagoano e vencedora do Campeonato Pernambucano. Soma ainda três títulos do Brasil Cup (BCJ), dois do Classic BadBoy e foi campeã do AJP Tour em Recife.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJ edição 2025, que, segundo ela, é considerado o mais difícil do país. Em sua estreia, a atleta disputou cinco lutas e garantiu a medalha de prata, sofrendo apenas uma finalização na final.
“Me preparei por meses. Foram treinos específicos, dieta rigorosa... tudo pensando nesse campeonato. Ficar em segundo lugar foi incrível, mas quero voltar no ano que vem ainda mais técnica, para buscar o ouro”, afirma.
Porém, para além da alegria da vitória, mulheres que praticam esporte ainda enfrentam inúmeros desafios, que vão desde a falta de patrocínio até o preconceito de gênero. No nordeste, essa realidade é ainda mais marcante, devido à menor visibilidade e investimentos na região, que ainda perdura em detrimento a outras regiões do país, como centro-sul. A realidade é que muitos atletas precisam conciliar treinos intensos com jornadas de trabalho, como no caso de Anavivian.

“O principal desafio é a falta de valorização e patrocínio no esporte”, conta Anavivian. Mesmo assim, ela não desanima. Treina de duas a três vezes por dia, de segunda a sábado, conciliando os treinos com o trabalho, pois a atleta não vive 100% do esporte e precisa cumprir uma jornada de 44 horas semanais de trabalho. A rotina é puxada, mas o apoio da família e dos amigos é o combustível que a mantém firme.
“Quero mostrar que, com esforço e dedicação, é possível ir longe, mesmo com as dificuldades.”, afirmou a atleta, que já pensa no futuro e pretende disputar campeonatos internacionais e levar o nome de Alagoas para o mundo.

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